Como é sabido de todos, a Umbanda tem fundamento.
Nesta página buscamos trazer documentos gravados em áudio que trazem um pouco da história da Umbanda e da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade por meio da voz daqueles que atuaram nos mais de 100 anos de nossa história.
Nestes arquivos, podemos ouvir a voz do Chefe, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, e Pai Antônio incorporados em seu médium, Zélio Fernandino de Moraes. Também ouvimos as palavras de Maria Isabel de Moraes, esposa de Zélio, médium do Caboclo Roxo, a filha Zélia de Moraes e Júlio de Oliveira Castro, seu esposo.
A despeito do caráter histórico destas gravações para com relação à Umbanda, acreditamos que a fundamental importância destes arquivos é poder compartilhar com todos os ensinamentos deixados entre nós por pessoas tão queridas e Guias de tamanha elevação espiritual, ensinando os passos e fundamentos da prática da Umbanda de humildade, amor e caridade.
Fala do Caboclo das Sete Encruzilhadas por ocasião do aniversário de 63 anos da Umbanda. Inicialmente, observa-se o comando de Zélio de Moraes na fala, mas com o tempo verifica-se que o Chefe assume o discurso.
Na ocasião, ele trata da fundação da Umbanda na Sessão da Federação Espírita de Niterói, de sua encarnação como o frei jesuíta Gabriel Malagrida e a previsão do terremoto de Lisboa, sua missão na Umbanda como enviado de Santo Agostinho em instaurar um rito fundado na Humildade, no Amor e na Caridade. (Arquivo em duas partes)
Nesta gravação, Zélio de Moraes trata das dificuldades da prática da humildade, do amor e da caridade para além das Sessões, isto é, em todos os momentos da vida. Relata o caso de um mendigo que recebeu em sua casa, dando-lhe alimento e cuidados de saúde.
Na mesma Sessão e que o Chefe professa seu discurso acerca dos 63 anos da Umbanda, Pai Antônio comparece ao Terreiro da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade. Verifica-se sua fala mansa, amiga, e o linguajar humilde, característico dos Pretos Velhos.
Em entrevista a Lília Ribeiro, que trata da força da corrente e da concentração dos médiuns da casa, Zélia de Moraes, filha de Zélio e segunda Presidente da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade fala do desenvolvimento dos médiuns da TENSP.
Zélio de Moraes apresenta, a pedido de Lília Ribeiro, conselhos para os médiuns que buscam seguir os caminhos da Umbanda de Humildade, Amor e Caridade.
Nesta gravação, Lília Ribeiro apresenta Maria Isabel de Moraes, esposa de Zélio, médium do Caboclo Roxo, que trata de sua atuação na Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.
O esposo de Zélia de Moraes, Júlio de Oiveira Castro, explana a pedido de Lília Ribeiro sobre o motivo da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade não utilizar atabaques ou outros instrumentos de percussão em suas Sessões.
Zélio de Moraes relata em entrevista com Lília Ribeiro realizada em 1961 diversos assuntos relacionados à Umbanda instituída pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Na Primeira Parte fala sobre a adoção do nome Umbanda, criado a partir do árabe Allah, tendo como significado "ao lado de Deus". Em seguida, trata da questão da matança de animais e sua nadequação com relação aos trabalhos de caridade. Também discursa sobre as comidas e oferendas realizadas para os Orixás a pedido do Caboclo das Sete Encruzilhadas e sobre o uso de atabaques em terreiros de Umbanda, não consentido pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas. Em seguida, trata do motivo pelo qual não acredita ser adequada a realização de Sessões de Exu.
Na Segunda Parte, Zélio de Moraes fala sobre as Sessões de Descarga, instituídas por Orixá Mallet e do Ritual do Amaci. Em seguida passa a tratar das Guias utizadas pelos médiuns. Em seguida, Lília Ribeiro passa a registrar diversos Pontos Cantados dos Guias da Tenda da Piedade e conversando com Zélio sobre o assunto.
Em outra gravação realizada durante a Sessão de aniversário de 64 anos da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade em 1972, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, incorporado em Zélio de Moraes, discursa na abertura inicial dos trabalhos, relatando sobre o início da Umbanda em 1908 e a fundação da TENSP. Fala sobre os trabalhos realizados pelo Orixá Mallet na beira do Rio Macacu e da formação das primeiras Tendas.